Um dia comum como tantos outros, no entanto..
Há muita coisa para dizer, mas acho que nunca conseguirei fazê-lo. Em busca da inocência perdida.
02 outubro 2006
tick tack tick tack. give me some water, please. sleep, sheep, go back to sleep. water ride write white. jewel joy juice. warm what wham. mine wine shine. shame lame game. gain pain brain. TEN men when. thick chick think pink. red ted bed. NINE line. SIX mix ix smile. school pool tool. FOUR door shoor. lock plock tock. tick tick tack. TWO who duo. ONE. noone answered.
01 setembro 2006
não é que sinta uma vontade enorme de escrever aqui, mas hoje sinto-me triste, melancólica, nostálgica. ou, se calhar, estou só inquieta. não sei, como nunca sei nada. parece que há certas coisas, certos encontros e reencontros que me tocam mais do que deviam e não consigo evitar ficar com um nó cá dentro. na minha cabeça, no meu estomâgo. se calhar é no coração.
e eu fico com a sensação de que não estou onde deveria estar, que não é este o meu caminho, mas também não sei qual seria. e apetece-me estar contigo, saber tudo sobre ti, todos os quandos e os porquês, para que te pudesse compreender melhor, acabar com este mistério e atracção que exerces em mim. mesmo sem saberes...
sentar-me na beira da cama e ouvir-te falar, como se nada mais existisse. só tu, e eu.
i'm always sad when i'm lonely...
i'm always sad...
yes, i'm lonely.
18 fevereiro 2006
"what if love isn't only about two people in love with themselves?"
...e se não for? e se for algo mais? se for querer ajudar, querer bem, querer estar perto, não de uma pessoa mas de todas as pessoas? Acho que é isso... também, quem sou eu para falar de amor?
27 novembro 2005
27 setembro 2005
"cuidado com as companhias carlos jorge" e ele "tá bem tá bem".
nunca uma aula de análise de dados foi tão proveitosa.
come antes uma peça de fruta que te faz melhor
21 agosto 2005
20 agosto 2005
I have no home, no love, no self. what a tragedy. será que faço sentido?
12 agosto 2005
09 agosto 2005
And I'm a fool, 'cause I do you wrong
It's hard today, to stay in line
But I'll try it all, anything you want
You got it all, you got it all today
You got my soul
I lost it all, so you can find it
It's hard to breath in this world today
But in mercy is the key of loving
You got it all, you got it all today
You got my soul
So love it hides, behind your silence
And yesterday is gone today
So I will love you now
Like nothing happened
06 agosto 2005
05 agosto 2005
04 agosto 2005
uma mesa rodeada de cadeiras, vazias. aos poucos as pessoas vao ocupando os seus lugares. um velhote numa cadeira de rodas, acompanhado da sua senhora, esta ainda pelos próprios pés. a comadre, a filha da comadre e a neta da comadre. três gerações reúnidas à mesma mesa. conflitos? talvez, nem que sejam de linguagem.
'mas porque é que deus não me tira a vida?' queixa-se o velhote. mal se consegue pôr em pé, porém o corpo reclama de estar sentado, enclausurado na cadeira de rodas. 'tu não podes ir na vez dos outros'- responde-lhe a senhora - 'vais sim, mas na tua vez. cada pessoa tem a sua hora' e pega-lhe gentilmente na mão.
o amor é isto?
amizade? compaixão? sabedoria?
02 agosto 2005
01 agosto 2005
but you were never there
you were always lonely somewhere
I came donw to love you
but you were never there
but you're always parting somewhere
Hold on, don't leave me lonely
Hold on, don't leave me lonely
hold on, don't go without me
Tell me what's the game now
'cause i'm feeling kind of jealous
you're going out with friends now somewhere
e eu não consigo evitar.
31 julho 2005
And where will you be tonight when I cry?
Will sleep to you come easy, though alone I can't slumber?
Or will you welcome in the morning at another one's side?
How easy for you the years slip under
And left me a shadow the sun can't dispel
I have built for you a tower of love and admiration
I see you so high I cannot reach myself
28 maio 2005
é nestas alturas que penso na vida, na minha e na dos outros. nos anos que ja passaram por mim e por tantas outras pessoas. geraçoes? com certeza que sao diferentes, mas...
faz-me um pouco de confusao e nao consigo ficar indiferente a duas coisas:
os que sao realmente alternativos e os que tentam parecer. é estúpido pensar nestas coisas, mas eu penso. porque aquilo que vejo me faz confusao e parece que já nao me consigo adaptar a certos ambientes, apesar de continuar a gostar das mesmas coisas. sinto que já nao pertenço ali. as meninas que se sentem rebeldes porque vao a um festival com música alternativa e pessoas alternativas, porque se sentem marginalizadas quando realmente fazem por isso, porque acham fixe usar os ténis Da moda, ouvir a música da moda e furar o corpo todo e enche-lo de tatuagens. coisas para a vida, coisas que marcam. questiono-me se depois de passar a loucura vao querer continuar assim, a viver como quem se pôs de parte e, ou é uma farsa e por baixo de tudo está um cordeirinho, ou realmente vao ser uns parasitas da sociedade. parasita é uma palavra um pouco forte.
mas sinto-me mal porque existe uma idade pré-definida para seres jovem e maluco e fazeres coisas que depois te podes arrepender. porque existe uma altura em que te dizem que agora já n?o podes. tira a maquiagem, os piercings, as tatuagens, a cor do cabelo e torna-te uma pessoa normal. para alguns talvez nao seja dificil já que apenas seguiram uma tendencia da moda, já para outros...
31 março 2005
03 outubro 2004
04 setembro 2004
26 maio 2004
17 maio 2004
08 fevereiro 2004
Uma noite como tantas outras, a família reunida para jantar e algumas amigas. Tocam à campainha. Eras tu. Eu abri a porta assustada mas agi como se não te conhecesse. Não sei como nem porquê mas ignorei a tua presença e deixei-te no meu quarto enquanto fui conversar com uma amiga minha.
O jantar acabou, os adultos resolveram ir tomar um café e saíram. Lembro-me de ti e vou ao meu quarto. Dou contigo a meter roupa minha numa mochila enorme e pergunto o que fazes - "já viste que giro, tu vais fugir comigo". Eu não quero ir a lado nenhum, disse.
O cenário muda.
Estou eu de mochila às costas, com mais duas amigas minhas. Corremos. Estamos na beira da estrada, à saída de uma espécie de bosque.. atravessámos a ponte. Acenamos aos táxis. Algum tem que parar, precisamos sair dali rapidamente. Metemo-nos no primeiro taxi que pára - "mais rápido senhor, mais rápido!". Olho para trás e vejo-te... ainda nos persegues e estás acompanhado com um amigo.
O cenário muda novamente.
Já não há taxi, nem estrada. Bosque novamente. Corremos o mais depressa que conseguimos. Parece que desapareceste. Eu páro para olhar a mochila. Álem da roupa que antes te vira guardar encontro algo curioso, disquetes! Roubaste-me disquetes com fotos de amigos meus e outros documentos pessoais. Onde os teus ciúmes chegaram. Longe há tanto tempo e ainda achas que podes comandar a minha vida.
Meti-me numa mota parada à beira da estrada. Sou conduzida pelo meu anjo. E fugimos.
Dava uma estória perfeita. Mas não, não passa de ilusão do meu subconsciente.
15 dezembro 2003
.... is on its way ...
Thunder... bloody bloody thunder.... bloody thunder....
.... is on its way ...
....... I came down to see you but you were never there ....... you just let left me lonely somewhere .......
HOLD ON! Don't leave me leave me lonely!
HOLD ON! Don't leave me leave me lonely!
HOLD ON! Don't go without me....
I'm gonna let nobody ....... I'm gonna let nobody ....... Love youuuuuuuuuu!
sei que tenho coisas para fazer mas não me apetece. e depois queixo-me de que não faço nada.. hmm... Tédio! muito tédio!
Ninguém quer um bocado? Claro que não... Ninguém me vê, ninguém me ouve.
Nada melhor como a nostalgia para combater a apatia...
eca eca eca
se eu fosse uma bailarina ia usar um vestido gigante em forma de morango mas com pintas amarelas, que é muito mais fashion. Não sei bem porquê, nem quando, apetece-me escrever. escrever todas as palavras que surgirem. Façam fila por favor. Há que ser educado.
She walked like a queen.. when she walked down the street .. all the men turned around to see her go on...
lalalala..
e não me apetece parar! não! não vou parar porque sim, ora, porque não?
26 novembro 2003
Cá estou eu, depois de muito tempo ausente. Gostaria antes de mais, felicitar-vos por se manterem fiéis ao meu espectaculo.
Enfim... que parvoeira! tou xeia de dores de cabeça, parece q vou rebentar. dói dói dói dói muito!
Tive a ler o meu diário antigo. Dois anos da minha vida guardados naquelas folhas.. Faz-me muita confusão como se muda tanto em tão pouco tempo.
25 julho 2003
29 maio 2003
21 maio 2003
13 abril 2003
18 fevereiro 2003
Nunca fui senão uma criança que brincava.
Fui gentio como o sol e a água,
De uma religião universal que só os homens não têm.
Fui feliz porque não pedi coisa nenhuma,
Nem procurei achar nada,
Nem achei que houvesse mais explicação
Que a palavra explicação não ter sentido nenhum."
Alberto Caeiro, Poemas Inconjuntos (excerto)
Fica sempre na metade.
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.
Que nojo de mim fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúcida e rica
E eu sou um mar de sargaço.
Um mar onde bóiam lentos
Fragmentos de um mar de além...
Vontades ou pensamentos?
Não o sei e sei-o bem."
Fernando Pessoa, Cancioneiro
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no Mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem sabe o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar..."
Alberto Caeiro, O Guardador de Rebanhos (poema II)
11 fevereiro 2003
10 fevereiro 2003
06 fevereiro 2003
Nada de pensamentos profundos e filosóficos ultimamente. Sinto-me um bocado posta de parte, como se o mundo dos outros fosse diferente do meu. Passam por mim e nem me veêm. Tal como se não pertencesse a lado nenhum.
Eu sou ninguém.
04 fevereiro 2003
02 fevereiro 2003
Deu o filme "Anne Frank" à tarde, fartei-me de chorar... foi mesmo triste, mas bastante elucidativo. Muito bem feito.
Amanha teste de Direito....... bah que stress!
29 janeiro 2003
Hoje para variar um bocado, o dia não me correu la muito bem..
acho que a unica coisa boa que aconteceu foi não ter sociologia!
O bolo de mármore de ontem ficou bom e os profs aprovararam :)
é pena é o bolo de chocolate de hoje não ter ficado bom... (esquecemo-nos de bater as claras ahahaaha) por isso é que não cresceu e ficou cru... Bah! cozinheiros de primeira viagem. Que desgraça!
27 janeiro 2003
- acordei cedinho e fui pa escola
- despues almocei (comidinha light de acordo com a dieta ahahahaa)
- levei a minha cadela à rua
- fiz exercicios de matemática (wooooow)
- cortei o cabelo (tá super curtinho... dá-me pelo queixo!)
- fui fazer o bolo com o pessoal da minha turma
- e ainda fiz mais uns exercicios de matemática.
e pronto.. adoro ter dias ocupados, pelo menos não sao monótonos.
E pronto, aqui estou eu em frente a este maldito computador à espera que chegue o sono e me arraste para a cama. que vida entediante! acho que já está na hora de sair lá pra fora e viver, viver no sentido pleno da palavra. Se bem que acho que ja tive a minha parte de emoção nesta vida. Mais vale aproveitar o descanso e a paz de espirito que sinto.
*paz e amor*
26 janeiro 2003
23 janeiro 2003
Não tenho mais nada a dizer e não quero pensar em algo bonito.
22 janeiro 2003
Dizem-me que uma nuvem de apatia e tristeza paira sobre nós. Será? começo a sentir-me em baixo, meio debilitada.. deve ser influência dessa tal nuvem. Espero ter forças para lutar contra ela, lutar contra algo que não se vê, não se toca, apenas se sente.
Motivos, motivos que não tenho para sentir-me assim, no entanto parece que realmente sinto, não é uma invenção da minha cabeça. Ou será que é? ohhh armadilhas. tou farta de sentir o que realmente não sinto.
"Farta". Farta disto e daquilo, desta e daquela, e de mais qualquer coisinha também. Estou sempre farta. Insatisfeita. Deve ser próprio da adolescência, querer o que não temos e não querer o que temos. aaaargh.
*respiro profundamente e retiro-me, de cabeça baixa, sem conclusões*
21 janeiro 2003
19 janeiro 2003
18 janeiro 2003
comprei um anel super-mega-hiper hippie (há quem chame de foleiro)! com florzinhas e tudo... lalala *paz e amor*
16 janeiro 2003
Tu e eu, lado a lado, de mãos dadas, trocando beijinhos tímidos por entre a multidão, desviando o olhar do ecrã por segundos para depois tornar a tomar atenção ao filme.
Ando muito melancólica ultimamente... devo tar grávida da minha almofada.
"Tive relações com a minha almofada.. Será que estou grávida?" ahahahah
A heart that's full up like a landfill
A job that slowly kills you
Bruises that won't heal
You look so tired and happy
Bring down the government
They don't
They don't speak for us
I'll take a quiet life
A handshake
Some carbon monoxide
No alarms and no surprises
No alarms and no surprises
No alarms and no surprises
Silent
Silent
This is my final fit
My final bellyache with
No alarms and no surprises
No alarms and no surprises
No alarms and no surprises please
Such a pretty house and such a pretty garden
No alarms and no surprises
No alarms and no surprises
No alarms and no surprises please
e agora faz-me lembrar. lembrar de ti, de mim, de tudo. Aparecem como memórias brilhantes e bonitas.. fazem-me sorrir, à medida que a música avança deixo-me envolver, apanho o comboio e atravesso a camada de ouro que cobre essas memórias.
Por dentro são podres. O que transbordava felicidade transformou-se num cemitério psicológico. Onde nada tem vida, vontade própria. Os meus pensamentos são comandados pela tua loucura, os meus movimentos comandados pelos teus. Sobrevivo nessa selva que és tu. Enfim..
Acabou a música, foram-se as recordações. A viagem chegou ao fim.
i still recall the taste of your tears
echoing your voice just like the ringing in my ears
my favorite dreams of you still wash ashore
scraping through my head 'till i don't want to sleep anymore
you make this all go away
you make this all go away
i'm down to just one thing
and i'm starting to scare myself
you make this all go away
you make this all go away
i just want something
i just want something i can never have
you always were the one to show me how
back then i couldn't do the things that i can do now
this thing is slowly taking me apart
grey would be the color if i had a heart
come on tell me
you make this all go away
you make this all go away
i'm down to just one thing
and i'm starting to scare myself
you make this all go away
you make this all go away
i just want something
i just want something i can never have
in this place it seems like such a shame
though it all looks different now,
i know it's still the same
everywhere i look you're all i see
just a fading fucking reminder of who i used to be
come on tell me
you make this all go away
you make this all go away
i'm down to just one thing
and i'm starting to scare myself
you make this all go away
you make it all go away
i just want something
i just want something i can never have
i just want something i can never have
14 janeiro 2003
13 janeiro 2003
12 janeiro 2003
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer e muita greve, você pode, você deve, pode crer.
Não adianta olhar pro chão, virar a cara pra não ver.
Se liga aí que te botaram numa cruz e Só porque Jesus sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer.
Até quando você vai ficar usando rédea? Rindo da própria tragédia?
Até quando você vai ficar usando rédea? (Pobre, rico, ou classe média).
Até quando você vai levar cascudo mudo? Muda, muda essa postura.
Até quando você vai ficando mudo? Muda que o medo é um modo de fazer censura.
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!)
Até quando vai ficar sem fazer nada? Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!)
Até quando vai ser saco de pancada?
Você tenta ser feliz, não vê é deprimente, seu filho sem escola, se velho ta sem dente.
Cê tenta ser contente e não vê que é revoltante, você ta sem emprego e a sua filha ta gestante.
Você se faz de surdo, não vê que é absurdo, você que é inocente foi preso em flagrante!
É tudo flagrante! É tudo flagrante!
A polícia matou o estudante, falou que era bandido, chamou de traficante.
A justiça prendeu o pé-rapado, soltou o deputado... e absolveu os PMs de vigário!
A polícia só existe pra manter você na lei, lei do silêncio, lei do mais fraco: ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco.
A programação existe pra manter você na frente, na frente da TV, que é pra te entreter, que é pra você não ver que o porgramado é você.
Acordo, não tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar.
O cara me pede o diploma, não tenho diploma, não pude estudar.
E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado, que eu saiba falar.
Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá.
Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente.
A gente muda o mundo na mudança da mente. E quando a mente muda a gente anda pra frente.
E quando a gente manda ninguém manda na gente.
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura.
Na mudança de postura a gente fica mais seguro, na mudança do presente a gente molda o futuro!
Excerto de "Até Quando" de Gabriel o Pensador
Gastei-as a negar-te...
(Só a negar-te eu pude combater
O terror de te ver
Em toda a parte.)
Fosse qual fosse o chão da caminhada
Era certa a meu lado
A divina presença impertinente
Do teu vulto calado,
E paciente...
E lutei, como luta um solitário
Quando, alguém lhe perturba a solidão
Fechado num ouriço de recusas,
Soltei a voz, arma que tu não usas,
Sempre silencioso na agressão.
Mas o tempo moeu na sua mó
O joio amargo do que te dizia...
Agora somos dois obstinados,
Mudos e malogrados,
Que apenas vão a par na teimosia.
Miguel Torga, Câmara Ardente
afternoon
no room for love and emptiness
by a freeway
i confess i was lost in the pages
of a book
full of death
reading how we'll die alone
and if a god will lay to rest
anywhere we want to go
in your house
i long to be
room by room
patiently
i'll wait for you there
like a stone
i'll wait for you there
alone
(parte da música "Like a stone" de Audioslave)
11 janeiro 2003
Escrever é como uma terapia, como quando não tenho com quem mandar vir. Não tenho ou não quero magoar ninguém.
Talvez se não me preocupasse tanto com os outros e um pouquinho mais comigo conseguisse evitar sentir este nojo de mim mesma.
Esta falta de auto-estima. Mas eu não sou o bocado podre do bolo. Não, isso não! Dá-me tempo, deixa-me ser, deixa-me florir e depois poderás admirar a minha beleza, a minha verdadeira beleza, encafuada dentro deste corpo moribundo.
E é estranho como no final sou sempre eu que acabo por me sentir mal, por esse teu silêncio. Por essa cabeça baixa em tom de perdão. Não quero desculpas, não adianta. Nem tentes sequer porque não vou ceder. Deves estar a perguntar-te "porquê?".. Pois, porquê? Porque tens sempre uma desculpa para tudo. Os outros são o lixo, tu és o sol que os aquece até derreterem. Superior, pensas tu.
Tremem-me os dedos por causa do frio. Até pensar custa, parece que as palavras estão entupidas no cérebro, umas agarradas às outras como se isso as aquecesse. Brrrrr.
Que merda de sentimento de inferioridade, de desprezo, de esquecimento.. e como odeio sentir-me assim.
Enfim... Já não sei se deva aguentar calada e sufocando-me a mim mesma, ou gritar a todos que estou farta. Farta de me sentir passada para trás, não tenho que depender da boa vontade de ninguém, eu sou eu, sou muito eu e sou magnífica por isso mesmo, porque sou eu e não outra pessoa qualquer (como diria uma personagem).
E este frio que me entra pela alma a dentro.. desconsertante.
Frio, tal como eu estou agora.. gelada, longínqua.. distante.. Olho para ti mas não te vejo. Será que não te quero ver? Não, acho que não. Apenas não tens significado neste momento. Não és nada, nem tu nem ninguém. Egocentrica? Não chegaria a tanto. Apenas irritada. Contigo e com o mundo.
E oiço alguém lamentar-se.. "aii aiii"... Será? Devo estar a ouvir coisas. Talvez seja uma criança a chorar, a pedir um bocado de atenção ou está apenas com dores.
argh! Assim não, não quero. Ser assim não interessa. Mesquinha, irritante, podre. Mas como disse ontem "Eu estou a apodrecer...", tanto por fora como por dentro. RENOVAÇÃO! RÁPIDO! mudem-me o corpo, mudem-me a alma..
Já não sou aquela menina alegre de outrora. Agora voltei a encontrar-me com a minha imagem reflectida no espelho, triste.
e dói-me o coração.
Digo falsidades, sentimentos fingidos. Não quero ser outra pessoa, apenas não quero ser.
Balanceio-me na cadeira e deixo cair a cabeça para trás.
Adormeço.
10 janeiro 2003
Tá um frio de raxar... dizem que vamos ter temperaturas negativas. Espero que não, senão congelo. Que raio de tempo mais estranho!
Ora xove ora faz sol.. e agora.. temperaturas negativas. Perfeito!
Para não esquecer jamais, uma colega minha disse que ia xover granito! Foi a bácora do ano.. que horror. Que gente burra!
hmmm.... e eu...
Eu estou a apodrecer... blhurg
04 janeiro 2003
29 dezembro 2002
enfim.. Vejam! --> Alexander McQueen Official Site
"Israel's Son" - Silverchair
Hate is what I feel for you,
And I want you to know that I want you dead.
You're late for the execution...
If you're not here soon, I'll kill your friend instead.
All the pain I feel
Couldn't start to heal
Although I would like it to
I hate you and your apathy.
You can leave, you can leave, I don't want you here.
I'm playing this pantomime,
But I don't see you showing any signs of fear.
All the pain I feel
Couldn't start to heal
Although I would like it to
This time I'm for real
My pain can not heal
You will be dead when I'm through
Pain and execution
Put your hands in the air
Put your hands in the air
The air... yeah
I am, I am Israel's son
Israel's son I am
Put your hands in the air
Put your hands in the air
26 dezembro 2002
25 dezembro 2002
20 dezembro 2002
16 dezembro 2002
11 dezembro 2002
10 dezembro 2002
I dream about how it's going to end,
Approaching me quickly.
Leaving a life of fear,
I only want my mind to be clear.
People making fun of me,
For no reason but jealousy.
I fantasise about my death,
I'll kill myself from holding my breath,
My suicidal dream,
Voices telling me what to do.
My suicidal dream,
I'm sure you will get your's too.
Help me, comfort me,
Stop me from feeling what I'm feeling now.
The rope is here, now I'll find a use.
I'll kill myself, I'll put my head in a noose.
My suicidal dream,
Voices telling me what to do.
My suicidal dream,
I'm sure you will get your's too.
Dreamin' about my death, dream...
Suicidal, suicidal, suicidal dream
09 dezembro 2002
Imaginei-te sentado à minha frente.
Conversámos durante horas... Há tanta coisa que gostava de te dizer e tão poucas as oportunidades para o fazer.
Estou a flutuar. Oh amor dourado enfeitado com jasmim.. quase que poderia dizer que a vida é bela.
Sinto um calor inundar-me o coração.. hmm Sensação maravilhosa.
08 dezembro 2002
A noite lá é cruel. Oiço passos, sinto presenças. Os meus pensamentos avançam a uma velocidade galopante por entre mundos sombrios e mórbidos.
Estranho-me, desencontro-me de mim mesma, em busca de quem eu sou. Julgava que iria conseguir por as ideias no lugar, mas venho de la tao cansada como fui.
Enfim.. De volta à minha realidade.
05 dezembro 2002
03 dezembro 2002
És o meu fantasma de todos os dias, aquele que me acompanha... apesar de ultimamente não te ter dado os "bons dias" pela manhã. Espero que não te xateies. Apenas não estou preparada.
You spread your wings you had flown
Away to something unknown
Wish I could bring you back.
You're always on my mind
About to tear myself apart.
You have your special place in my heart."
Lembro-me de ti, meu anjo azul. Inundas-me o pensamento. E as lágrimas teimam em cair.. Tenho saudades tuas.
02 dezembro 2002
Apetece-me escrever em tom de brincadeira.
Oh loucura que te apoderas de mim!
Apetece-me voar, conhecer gnomos e fadas.
Usar vestidos de lantejoulas.
Dizer coisas sem sentido sem ter que me preocupar com o que os outros vão pensar, mas pensando bem... acho que já o faço.
Mas... hmm.. Acordo de repente. Sinto-me tonta. Abano-me. Apetece-me gritar. Dizer que não está tudo bem... oh well, cresce e aparece menina do campo. Não temos lugar para ti neste mundo cão.
Morre!
Que se passa comigo? Boa pergunta.. Nem eu sei. Ou será que não estou a querer pensar no assunto? hmmm talvez, talvez. Acho que estou a ser impaciente, mas isso é algo que faz parte de mim. Enfim enfim enfim. Conversas que não levam a lado nenhum.
01 dezembro 2002
30 novembro 2002
Hesito um instante a pensar
sinto vontade de um dia viver
por uma incerteza de amar"
"Talvez haja um sonho comum
Uma mesma luta que nos faz ser um só...
Lembro-me de várias vezes ter sentido este sabor
O mesmo cheiro, a mesma imagem mas há algo diferente...
Quero partir nessa tua viagem
Vou sentir o mundo tal como o sentes."
"Sinto falta desse teu esplendor
Sem ti não saio de dentro de mim"
"Por aqui fico
No teu olhar perco a força
Sem resistir e sem mudar
Por aqui fico..
O tempo pára mas logo foge
Estás tao perto e tão longe.."
29 novembro 2002
Sair daqui.
Ser outra pessoa.
Tou farta de mim.
Desconhecida.
Alguém perdido no mundo.
Mundo cruel, mundo selvagem.
Desabafo
Entre uma lágrima e uma gota de sangue
Lamento
Massacro
Torturo..
A mim.
A este ser frágil que é o meu
A esta sombra que vagueia por entre o silêncio.
Sim, sou eu.
*Bato à porta de seguida e espero que alguém me venha atender*
Incompetentes, digo eu.
Farto-me de tudo e fujo para bem longe.
Margarida no País das Maravilhas...
Deliro.
Fim
28 novembro 2002
Construo-me.. um ser melhor, mas vendo bem continuo a mesma miudinha isolada no seu mundo de fantasia.
Talvez não me conheça mesmo. Desiludo-me constantemente. Sinto-me como se não tivesse valor. Talvez não tenha. Que vontade de vomitar tudo o que tenho cá dentro a suforcar-me, a torturar-me. Mandar tudo à vida.. oh que se lixe. Nada tem valor, tal como eu.
Rebelde. Oh coitada. Vitima da sociedade. Os jovens de hoje não prestam.. Inventam problemas para poderem ter algo de que se queixar. Lamento-me em vez de lutar. Mas lutar contra o quê? Contra quem? É tudo fantasiado.. É sempre mais fácil construir uma personagem do que sermos nós próprios.
Mas será que somos alguma coisa? Falta de personalidade diria eu. Mas talvez não. Problemas psicológicos derivados de uma infância conturbada.. yeah yeah yeah .. mentiras atrás de mentiras. Viva a adolescência.. Somos senhores do nosso próprio nariz e prisioneiros do nosso próprio pensamento. Vítimas da nossa crueldade.
Espero que passe depressa. Meto nojo.
27 novembro 2002
Vagueio pelas ruas desertas do meu coração. Vagueio por becos e esquinas.
Caixotes cheios de recordações abandonados onde calha. Gatos vagabundos apoderam-se deles. E, eu, prefiro nem sequer tocar-lhes. Espetam-se farpas em todo o meu corpo. Como dói olhar para o passado, reviver tudo o que foi cuidadosamente encaixotado, com a intenção de jamais voltar a ser pensado.
Mas pronto, viro a cara e sigo o meu caminho.. Enfim... *suspiro*
Caminho sob um céu cinzento, sobre estradas cinzentas, por entre prédios cinzentos. Acho que eu própria tenho uma expressão cinzenta.. Tal como tudo o que me rodeia. Tudo.. Ou será melhor dizer nada? Nada se mexe à minha volta. Oh Coração Abandonado!
21 novembro 2002
Parece-me sempre mais fácil deixar os assuntos complicados para amanha, e depois para o dia seguinte e por aí adiante.. mas agora me dou conta que nao deveria ser assim. O mundo pode acabar amanhã e nao quero morrer com a sensação de que tanta coisa ficou por dizer, tanta coisa ficou por fazer.
Estou bastante filosófica hoje.. enfim.. Tenho que ir estudar para o teste de sociologia.